Avaliações negativas no Love Mondays

Avaliações negativas no Love Mondays

Para quem não conhece, o site Love Mondays, “Amo Segundas-feiras” numa tradução livre, oferece um espaço para que funcionários avaliem empresas em que trabalham ou trabalharam, podendo dar notas de 1 a 5, escrever comentários, informar salários e até candidatar-se a vagas em outras empresas. Segundo o próprio site o objetivo é “… ajudar profissionais como você a fazerem boas escolhas profissionais.“.

Há espaço para as empresas divulgarem informações de carreira e é interessante ver as avaliações dos colaboradores. Há também uma classificação das empresas conforme essas avaliações, um modo de futuros colaboradores visualizarem como é o ambiente de trabalho de uma maneira geral.

O detalhe é que as avaliações são sempre anônimas podendo trazer informações falsas ou difamatórias, gerando desconforto e descontentamento por parte das empresas, ainda mais quando as avaliações são exibidas em pesquisas de buscadores como o Google.

O propósito do site é muito bom, e se houvesse apenas avaliações honestas, verdadeiras e imparciais, seria um serviço 100% útil e válido, porém não existe essa garantia. Assim, esse post é para empresas que tiveram algum comentário que julguem falso postado neste site.

Se você deseja verificar se a sua empresa é mencionada no serviço, vá direto para o site deles clicando aqui e faça uma pesquisa.

Contactar o Love Mondays

Em casos de avaliações negativas ou até difamatórias, o primeiro pensamento é pedir ao Love Mondays a remoção do comentário, porém dificilmente isso será feito, sendo comum inclusive encontrar no Reclame Aqui reclamações sobre este posicionamento do serviço:

Remover do Google

Em casos onde a avaliação é exibida no Google através da pesquisa do nome da empresa, não tem como pedir para o buscador colocar o resultado no final da lista de pesquisa, porém é possível que com o tempo esse resultado fique mais pra baixo ou até em outras páginas, sendo necessário haver outros resultados listados com o nome da empresa como páginas institucionais sobre a empresa, com notícias em nome dela ou até outras avaliações no Love Mondays, mas isso ainda não é garantia que a avaliação negativa não irá aparecer no topo das pesquisas.

Também existe a possibilidade de denunciar ao Google a página da avaliação como imprópria ou falsa e pedir a remoção do próprio Google (não do site Love Mondays), porém é muito difícil que eles entendam o resultado como impróprio. Em casos que o Google se recusa a remover, a empresa tem a opção de acioná-los na justiça, porém também é difícil algum sucesso neste sentido.

Um caso muito famoso de ação contra o Google, foi em 2010 quando a apresentadora Xuxa Meneghel iniciou um processo contra o Google pedindo a remoção de resultados de busca que associavam o nome dela a palavras como “pedofilia” e derivados. Passados 08 anos, após vários recursos, a justiça em segunda instância julgou o caso e negou o recurso da apresentadora, ou seja o Google não foi obrigado a remover esses resultados de sua pesquisa.

Conclusão

Sempre há a opção de acionar judicialmente a Love Mondays, afinal ela também existe aqui no Brasil. Porém não é possível definir se uma ação assim teria algum efeito, além de que demandaria tempo e custo financeiro altos. Se por um lado a liberdade de expressão é um direito a ser mantido, infelizmente por outro lado a internet ainda tem pouca ou as vezes nenhuma regulação, tornando todos vítimas em potencial.

O melhor caminho é proporcionar um bom ambiente de trabalho, aberto à conversa, onde todos são ouvidos e que críticas positivas e negativas sejam sempre bem recebidas. Muitas vezes o tempo passado no ambiente de trabalho é maior do que aquele vivido com a família, por isso um ambiente saudável é essencial em toda empresa. Isso é a base para colaboradores felizes e empresas que queiram crescer.

Atualizado em 24/07/2018 às 09:21.

Referências

  1. Sobre o Love Mondays – Love Mondays. Acessado em 28/06/2018.
  2. Xuxa perde processo contra Google para remover buscas sobre filme erótico – Folha de S.Paulo. Acessado em 16/07/2018.