Switch gigabit para redes simples
Um cenário muito comum em novos clientes com poucas estações é encontrarmos switches de 08 portas com velocidade 10/100 Mbps. De marcas como D-Link, Encore e Intelbras e custo de R$50,00, são utilizados para compartilhar internet, impressoras e servidor com os equipamentos da rede.
Hoje vamos ajudar a escolher um bom switch para redes simples e pequenas (até 40 equipamentos), e também mostrar como um switch gigabit pode ser muito melhor que o tradicional 10/100 Mbps, sempre lembrando que um switch irá durar no mínimo 08 anos, por isso a escolha deve ser bem pensada.
Velocidade
Existem basicamente dois tipos de velocidades nos switches, o padrão fastethernet (10/100 Mbps) e o padrão gigabit (10/100/1000 Mbps). Apesar deste último não ser novidade, ainda vemos equipamentos fastethernet à venda no mercado principalmente devido ao baixo custo de aquisição.
Em uma rede com servidor ou tráfego de mídia (vídeos e fotos de alta resolução) entre os equipamentos, um switch gigabit pode fazer muita diferença, gerando ganhos em velocidade de no mínimo 2x. É claro que a interface de rede dos computadores na rede precisa ser gigabit também, porém há pelo menos 03 anos isso já é praticamente padrão em computadores e servidores.
Quantidade de portas
É possível encontrar switches (ou hubs) com apenas 04 portas (mais antigos), porém os de 08 portas são os mais comuns. Também existem equipamentos com 16, 24 e 48 portas (mais conhecidos e utilizados); e 4, 6, 10,12 32, 96, 248, 256, 288 e 384 portas (menos comuns, normalmente para uso específico ou em grandes redes ou datacenters).
Com o aumento da rede, um procedimento comum é interligar dois ou três switches de 08 portas – é mais barato adquirir um segundo equipamento de 08 portas do que um maior de 16 ou 24 portas – porém isso é errado pois gera fragmentação no tráfego de rede, para evitar essa prática recomenda-se migrar para equipamentos com mais portas.
“Um switch de 16 portas não é igual a dois switches de 08 portas interligados, como a conexão entre swtiches dá-se por apenas 01 porta, é simples entender que teremos vários equipamentos comunicando-se através de apenas 01 porta, gerando gargalo e lentidão.” Hugo Feltrin da Silva, Fundador da HF Tecnologia
Além do gargalo, algo muito comum no dia-a-dia de gestão e suporte à infraestrutura de TI é uma porta de switch ou roteador parar de funcionar, normalmente devido a descargas elétricas ou equipamentos plugados que acabam queimando. Junto a isso, é importante considerar o crescimento da rede – novos computadores ou impressoras serão plugados demandando novos pontos de rede – por isso recomenda-se trabalhar com algumas portas livres.
Cascateamento
Para médias redes (acima de 40 pontos) onde não encontramos um switch com portas suficientes para toda a rede, o recurso de cascateamento/empilhamento é interessante. Através de portas chamadas de uplink pode-se interligar switches da mesma rede, essas portas destinadas com esse recurso oferecem maior velocidade de comunicação entre switches do que portas comuns.
A conexão dessas portas pode ser via cabo metálico ou fibra óptica, com velocidades de 1 Gbps ou 10 Gbps, e em alguns casos somáveis entre as portas. Por exemplo, em um switch com 04 portas uplink de 1 Gbps, pode-se utilizar todas as portas simultaneamente para conectá-lo a um segundo switch, oferecendo um throughput de 4 Gbps. Isso é extremamente importante em redes que necessitam alto desempenho.
Solução
A diferença de custo normalmente gira em torno de 100%, considerável à primeira vista, mas de valor baixo quando compara-se diretamente os preços: um switch de 16 portas 10/100 Mbps por exemplo custa aproximadamente R$100,00, um com velocidade gigabit é R$200,00, apenas R$100,00 de diferença. Sabendo que a vida útil de um switch é em torno de 08 anos mais o ganho de desempenho com a velocidade gigabit, a diferença em reais acaba sendo insignificante.
Se houver previsão de expansão nos meses seguintes recomenda-se investir num equipamento com mais portas mantendo-se conexões livres, ou ainda equipamentos com portas dedicadas para expansão/cascateamento (em redes com 40 equipamentos ou mais). Sobre a marca, um ótimo custo-benefício são produtos da TP-Link, os switches de entrada tem qualidade e preço acessível.
Lembrando que há recursos avançados presentes somente em equipamentos mais robustos, são tecnologias como QoS, gerenciamento, PoE, vLAN, monitoramento de tráfego e portas etc. normalmente utilizadas em redes com demandas específicas. Para switches dessa categoria dedicaremos na sequência uma publicação específica.
Concluindo, recomenda-se sempre switches gigabit e com pelo menos 30% de portas livres.
Atualizado em 24/07/2018 às 11:04.
Referências
- 6 Passos para Escolher o Melhor Switch para sua LAN – Blog da DlteC. Acessado em 27/02/2018.
- Conexão Gigabit faz tanta diferença? – Adrenaline. Acessado em 27/02/2018
- Quais as diferenças entre hub, switch e roteador? – TecMundo. Acessado em 27/02/2018
- RTI – Redes, Telecom e Instalações. Novembro 2017 pg. 52.